Sem nenhuma preocupação com normas gramaticais, com estilo e, sobretudo, com a verdade, a internet tornou-se um verdadeiro território livre para a difusão de ataques à candidatura Dilma Rousseff. Esses ataques têm-se intensificado à medida que as possibilidades de vitória da candidata do PT tornam-se reais já no primeiro turno. As mentiras têm sido desmentidas por Dilma e, nesta quarta-feira, 29, o tema foi motivo de uma reunião entre ela e líderes católicos e evangélicos. No encontro, a candidata do PT reafirmou compromissos, sua posição contra o aborto e desmentiu a boataria de se espalhou como uma praga. O objetivo da oposição, numa espécie de vale-tudo, é confundir o eleitor.Na semana passada, entre as muitas notícias que em questão de minutos se espalham pela internet, contagiando mentes desavisadas com inverdades, uma criou especial euforia, principalmente entre cristãos que, infelizmente, deixaram-se levar pelos boatos infundados e engrossaram a lista dos disseminadores de spams. O spam, um texto mal redigido, que não respeita as regras básicas do jornalismo, dizia: “Após a inauguração de um comitê em Minas, Dilma é entrevistada por um jornalista local...” Um comitê em Minas? Que lugar de Minas? Entrevistada por um jornalista local? Que local? O mais incrível é que o texto segue colocando entre aspas uma declaração em que Dilma supostamente afirmaria: “Nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória.” A ideia parece ter sido criar entre os cristãos um repúdio à candidata. Boa parte de fato caiu na armadilha e, de forma irresponsável, espalhou a notícia, sem o cuidado de verificar sua veracidade.Nota divulgada pela assessoria de comunicação de Dilma afirma que a candidata “nunca reconheceu uma vitória antecipadamente. Ao contrário, ela tem dito que pesquisa não ganha eleição, que eleição se ganha na urna”. A assessoria afirma ainda: “É inadmissível que queiram vencer as eleições com base em calúnias e difamações.”Segundo o coordenador de comunicação da campanha de Dilma e candidato a Deputado Estadual por São Paulo, Rui Falcão, “ela nunca deu esta declaração. É uma calúnia. Dilma respeita todas as religiões e jamais usaria o nome de Cristo em vão. Ainda mais com esse tom de arrogância, que não é do temperamento dela, muito menos de soberba com os eleitores”.O texto do e-mail que espalhou a informação falsa não menciona nome de veículo nem o tipo de mídia para o qual Dilma teria dado tal declaração, tampouco há algum vídeo ou gravação que comprovem que ela teria dito isso.
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