quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mulheres capacitadas como pedreiras começam a trabalhar

Futuras moradoras do condomínio do PAC Habitação, 20 trabalhadoras ajudam a erguer as 377 moradias do condomínio vizinho construído pelo “Minha Casa, Minha Vida”




Há cinco meses da entrega das 377 casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, 20 mulheres passam a reforçar a equipe de 230 profissionais do canteiro de obras do Residencial Jardim dos Pequis II, na região do Belo Vale II. Formadas no curso de pedreira de acabamento promovido pelo projeto social do PAC Habitação “De mudança para o futuro” e o Senai em dezembro, as trabalhadoras estão na lida desde segunda-feira (10).



Após três dias no primeiro emprego com carteira assinada, Tatiane Helena Fonseca comemora a oportunidade de ter experiência profissional e renda. “Agora tenho independência financeira e posso ajudar a sustentar meus dois filhos”, diz. Moradora do bairro Iraque, ela tem casa garantida no condomínio Jardim dos Pequis I, construído pelo PAC Habitação, e ajuda a erguer as residências dos futuros vizinhos.



A técnica social do projeto “De mudança para o futuro”, Miriam Penaforte, conta que 60% das mulheres capacitadas como pedreiras são chefes no lar. “Havia necessidade de gerar trabalho e renda”, tendo em vista que elas compõem as famílias que integram o processo de reassentamento de moradores de áreas de risco dos bairros Kuait e Iraque para o condomínio das 240 casas do PAC Habitação.



A engenheira da construtora Copermil, responsável pela obra, Flávia Grigoleto, acredita no potencial das 20 contratadas. “Além do acabamento, testamos as mulheres em outras funções. Não há limitações”, assegura com base na experiência de comandar 80 operárias em um canteiro na cidade de Anápolis (GO). Dentro de três meses, as novas funcionárias de Sete Lagoas podem assumir o cargo de oficial, proporcionando um aumento de 50% no salário.



Em ritmo acelerado de construção, o residencial do “Minha Casa, Minha Vida” concluiu 90% da infraestrutura de abastecimento de água, drenagem, rede de esgoto e ruas. Das 377 moradias a serem entregues, 56% estão erguidas. A engenheira Flávia confirma o prazo de entrega para junho de 2011, quando os novos moradores poderão desfrutar das residências de 39 metros quadrados com cozinha, sala, banheiro e dois quartos, além de aquecedor solar para os chuveiros.



O custo de cada casa do programa federal é de R$ 42 mil e o valor das parcelas para os beneficiados corresponde a 10% do salário mínimo. Para atender a lei da acessibilidade, 12 moradias do condomínio terão 42,25 metros quadrados e estão reservadas para pessoas com deficiência.

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