Projeto propõe fim das sacolas plásticas

Associação de Supermercados traz debate para Sete Lagoas



No último dia 3, o prefeito Mário Márcio Maroca participou de reunião no auditório da Associação Comercial e Industrial de Sete Lagoas (ACI), onde foi discutido o projeto da Associação Mineira de Supermercados (AMIS) que propõe o fim da utilização das sacolas plásticas nas redes varejista e atacadista, em todo o Estado.



A AMIS veio a Sete Lagoas a convite da ACI e por intermédio do empresário sete-lagoano Antônio Bastos. O superintendente da AMIS, Adilson Rodrigues, explicou que a campanha “Sacola Plástica Nunca Mais” entrará em vigor em Belo Horizonte neste mês, já que no próximo dia 28 começa a vigorar na capital lei que obriga todos os estabelecimentos comerciais a usarem sacolas biodegradáveis ou retornáveis.



A lei municipal 9.529 ainda prevê que o comerciante belo-horizontino que desobedecer ao texto legal pode ter o alvará de seu estabelecimento caçado. Adilson Rodrigues fez o alerta de que, anualmente, são descartadas no Brasil cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas. “Presenciamos a conseqüência nociva do uso das sacolas plásticas no aumento da extração e refino do petróleo, no descarte em aterros e lixões, no meio ambiente, e também na ingestão por animais. Mais de 2 mil estabelecimentos de BH terão o desafio de realizar a mudança. Algumas cidades estão se adiantando para a substituição das sacolas plásticas acontecer até mesmo antes de Belo Horizonte”, afirmou o superintendente da AMIS.



O prefeito Maroca destacou que o projeto pode ser viável em Sete Lagoas, através da parceria entre poder público, entidades de classe e comerciantes. “Esse é um projeto enorme, que envolve a conscientização de grande valor ambiental e formação de uma responsabilidade ambiental e social, de empresários e consumidores. A Prefeitura pode iniciar esse debate com a Câmara de Vereadores”, afirmou.
O superintendente da AMIS ainda disse durante a reunião na ACI que a lei belo-horizontina serviu de exemplo para um projeto de lei estadual que começou a ser elaborado na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A AMIS citou o exemplo da união entre comércio, PROCON e Prefeitura de Jundiaí, no interior de São Paulo, onde foi lançada uma campanha sem necessidade de que um projeto de lei fosse votado na Câmara Municipal. “Vamos tirar o planeta do sufoco” é o nome da campanha da cidade paulista, que teve adesão maciça da população e cujo resultado representou o fim do descarte de 320 toneladas de sacolas plásticas em 4 meses.
“Se uma sacola retornável é utilizada durante sete vezes, ela já compensa seu impacto ambiental. Nossa proposta para o prefeito Maroca, os vereadores e empresários é a de capacitação dos funcionários das redes varejista e atacadista, que poderão orientar o consumidor sobre o melhor uso das sacolas retornáveis e biodegradáveis, das caixas de papelão, cestas e carrinhos ecológicos”, finalizou o representante da AMIS.

Em Sete Lagoas, a coleta de lixo reciclável terá o dobro da capacidade a partir deste ano. O aumento para a coleta de cinco toneladas por dia será fruto de investimento de R$ 194,7 mil do Fundo Nacional de Saúde (Funasa) na estruturação da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Sete Lagoas (ACMRS).