quinta-feira, 5 de agosto de 2010





Na última segunda-feira (2) o prefeito Mário Márcio Maroca fez uma visita ao terreno onde será construída a nova sede da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados – APAC, no bairro Santa Felicidade, próximo ao Presídio.“Quando a APAC estiver pronta, passaremos os recuperandos para cá e onde funciona a APAC hoje, teremos a prisão em regime semi-aberto”, explica o prefeito Maroca. Para reconhecimento e inspeção da área, também estiveram presentes o juiz de Direito da cidade, Dr. Carlos Alberto de Faria, o diretor do Presídio, Reginaldo Santos Evaristo, a sub-procuradora do município, Carolina Schettino, o secretário de Obras, Paulo Rogério Paiva, a presidente do Conselho de Segurança Pública, Maria das Graças Mendes, dentre outras autoridades.



A mudança de sede da APAC e adaptação para o semi-aberto se justifica, segundo o prefeito, porque a estrutura da Associação hoje não é ideal para a proposta, mas sim para o semi-aberto. “Com a construção da nova APAC e instalação do regime pretendemos estreitar a relação com o empresariado local e dar oportunidade aos presos de trabalhar. Conheço casos em que o preso saiu da cadeia com sua carteira assinada e hoje ganha R$1.200”, conta o juiz de Direito, Dr. Carlos Alberto de Faria, que está há um mês em Sete Lagoas, vindo de Pirapora, onde ajudou a construir uma estrutura para o regime semi-aberto. “Se o preso tem uma carta de trabalho, ele sai durante o dia para trabalhar e volta para dormir, se não tem carta, fica trancado e a estrutura atual da APAC é ideal para esse sistema”, complementa o juiz de Direito.



Investimento com retorno para a população

O investimento da nova obra, de cerca de R$1 milhão, é do governo do estado em parceria com a Prefeitura e a expectativa é de que, uma vez liberada a verba, dentro de ano a nova APAC seja entregue à população. Segundo o Dr. Carlos Alberto, é possível que os próprios detentos contribuam para a construção da nova sede da Associação. “Em Pirapora, nós utilizamos a mão de obra dos próprios presos, eles produziam janelas, blocos de cimento, portas e recebiam para isso, é uma forma de fazê-los participar e recuperar suas próprias vidas”, acredita o juiz.

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